GOVERNO TENTOU E NÃO CONSEGUIU ACABAR COM A GREVE
Em meio a uma crise ministerial e ao recente lançamento do programa de erradicação da pobreza extrema o governo se envergonha com seus funcionários de alto escalão, indicados pela própria presidenta e ao mesmo tempo tenta enxugar o orçamento do Estado através de congelamentos e privatizações que afetam os funcionários de carreira que não ocupam cadeiras privilegiadas.
A discussão sobre o combate à miséria não tem debatido suficientemente o papel da educação pública superior no país, mas a falta de investimentos na área e os projetos que se pretende aprovar apontam a direção que o governo vem tomando. Pensa-se em termos de transferência de renda e não se fala em transferência de conhecimento através do investimento nas Instituições de Ensino Superior (IFES).
A recente greve dos técnicos administrativos em todo Brasil acaba por denunciar esse quadro de franco ataque à autonomia das Universidades e desvalorização de seu pessoal, tentando privatizar seus hospitais e congelar os investimentos na área por 10 anos.
A greve fez barulho e a resposta a este eco dos trabalhadores do setor público federal não foi compreendido, sequer considerado. Ao contrário, utilizando-se dos instrumentos do Estado, entrou com ação judicial tentando colocar os trabalhadores que lutam por uma educação de qualidade como os foras-da-lei, objetivando transformar o exercício do direito de greve em ilicitude.
Mas o governo foi surpreendido e teve seu poder contestado, pois, ao tentar julgar a greve ilegal, tudo que fez foi afirmar a legalidade da mesma, conforme PETIÇÃO Nº 8.634 - DF (2011/0172698-5), fazendo o movimento tornar-se mais forte agora, já que é reconhecido pela espada do Estado.
A referida liminar considera nossa greve completamente legal e condiciona-a ao cumprimento de 50% do serviço. Estas circunstâncias foram recebidas com grande entusiasmo pelos companheiros que reconhecem a importância de seu trabalho para a educação do país, mas que não têm o mesmo reconhecimento do governo.
Reiteramos que não pretendemos criar nem um tipo de transtorno à comunidade que necessita de nossos serviços, mas víamos na paralisação dos trabalhos a única maneira de chamar a atenção do governo.
Nosso primeiro objetivo foi alcançado - chamamos a atenção do governo. Com a liminar reconhecendo a licitude de nossas ações, voltamos ao trabalho para não deixar a comunidade, a qual necessita de nosso trabalho, desassistida e continuamos com nossa mobilização.
Aproveitamos este momento de vitória frente às investidas do governo para chamar toda a comunidade para debater conosco os rumos que nosso movimento tomará, para avolumá-lo com a participação docente e discente e continuarmos a primar por uma Universidade Pública, Autônoma e de qualidade que é a marca do trabalho de todos os agentes que compõem a Universidade.
MOVIMENTO DE GREVE DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS GUARULHOS
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