sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Informe da Greve às e aos Estudantes

“A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.”
(Eduardo Galeano)
Estudantes;
Nossas pautas de greve, como a derrubada de Medidas Provisórias e leis que congelam os salários e contratações de novos servidores e prejudicam nossa aposentadoria e a luta pela redução da jornada de trabalho, por exemplo, não são pautas que se restringem apenas aos nossos interesses enquanto trabalhadores. São reivindicações que visam garantir a qualidade da educação pública!
Afinal, o desmonte do serviço público tem como reflexo a precarização da nossa Universidade, como a abertura de novos campi sem planejamento adequado; falta de estrutura para os cursos como laboratórios, bibliotecas e salas de aula; falta de servidores em todos os departamentos acadêmicos e administrativos; falta de professores; privatizações, etc. Um aumento quantitativo em busca de estatísticas.
Hoje, existe a intenção do governo em diminuir o número de servidores públicos (demonstrado através do projeto de medida provisória 549), ao mesmo tempo em que é anunciada uma nova expansão do ensino superior, com a previsão de inaugurar nos próximos anos mais de 200 Institutos Federais e 4 Universidades. Como abrir novas unidades de ensino sem novas contratações? A resposta: com mais precarização, com mais terceirizações e com péssima qualidade.
         Aqui, no campus Guarulhos, somos em 54 servidores para atender um campus que possui quase 3000 alunos! Segundo estimativas, o REUNI previa um número de pouco mais de 80 servidores para o nosso campus, o que hoje, já é insuficiente. Proporcionalmente, somos o campus com menor número de servidores por aluno!
É histórico que, sempre que uma crise mundial se anuncia, o governo corte verbas no serviço público, com a desculpa de que é necessário economizar. Esta mesma lógica usada pelo governo, que não permite novas contratações, que quer congelar nossos salários é a lógica que inviabiliza a construção do nosso prédio, que mantém salas superlotadas, , que não dá o apoio necessário ao estudante de baixa renda. A LUTA É A MESMA!
A greve dos servidores e a movimentação dos docentes Brasil afora mostram a insatisfação quanto às condições de trabalho nas universidades federais. Quem sente na pele esta precariedade? Quem usufrui dos serviços direta e indiretamente!
Neste momento de crise, onde o governo não pensa duas vezes em cortar verbas destinadas aos serviços mais essenciais à população, torna-se indispensável a participação do Movimento Estudantil para que haja a resistência nesta ofensiva contra a educação. Devemos conseguir conquistas e não retrocessos.
Este cenário nacional nada mais é do que o reflexo da política neoliberal mundial, voltada à privatização e ao desmonte do serviço público. Esta intensificação da regressão da esfera pública, que incide sempre em cortes das folhas de pagamento das categorias menos favorecidas e a exacerbação do espírito privatizante que ocorre justamente em um momento de profunda crise econômica e de agravamento das desigualdades sociais, já vêm provocando um impacto considerável sobre a educação, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
 As consequências desta política privatizante podem ser sentidos no Chile, palco hoje de um movimento estudantil organizado que  aglutina milhares no enfrentamento aos planos governamentais que intensificam esta lógica. Participar da luta neste momento significa também participar de uma resistência que começa a acontecer em todo o globo. Somar forças é tarefa de tod@s que querem construir uma sociedade mais democrática, diferente da que vemos hoje.

Guarulhos, 29 de agosto de 2011.
Servidores Técnico-Administrativos em Greve
Guarulhos – EFLCH

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A GREVE É LEGAL


GOVERNO TENTOU E NÃO CONSEGUIU ACABAR COM A GREVE
Em meio a uma crise ministerial e ao recente lançamento do programa de erradicação da pobreza extrema o governo se envergonha com seus funcionários de alto escalão, indicados pela própria presidenta e ao mesmo tempo tenta enxugar o orçamento do Estado através de congelamentos e privatizações que afetam os funcionários de carreira que não ocupam cadeiras privilegiadas.
A discussão sobre o combate à miséria não tem debatido suficientemente o papel da educação pública superior no país, mas a falta de investimentos na área e os projetos que se pretende aprovar apontam a direção que o governo vem tomando. Pensa-se em termos de transferência de renda e não se fala em transferência de conhecimento através do investimento nas Instituições de Ensino Superior (IFES).
A recente greve dos técnicos administrativos em todo Brasil acaba por denunciar esse quadro de franco ataque à autonomia das Universidades e desvalorização de seu pessoal, tentando privatizar seus hospitais e congelar os investimentos na área por 10 anos.
A greve fez barulho e a resposta a este eco dos trabalhadores do setor público federal não foi compreendido, sequer considerado. Ao contrário, utilizando-se dos instrumentos do Estado, entrou com ação judicial tentando colocar os trabalhadores que lutam por uma educação de qualidade como os foras-da-lei, objetivando transformar o exercício do direito de greve em ilicitude.
Mas o governo foi surpreendido e teve seu poder contestado, pois, ao tentar julgar a greve ilegal, tudo que fez foi afirmar a legalidade da mesma, conforme PETIÇÃO Nº 8.634 - DF (2011/0172698-5), fazendo o movimento tornar-se mais forte agora, já que é reconhecido pela espada do Estado.
A referida liminar considera nossa greve completamente legal e condiciona-a ao cumprimento de 50% do serviço. Estas circunstâncias foram recebidas com grande entusiasmo pelos companheiros que reconhecem a importância de seu trabalho para a educação do país, mas que não têm o mesmo reconhecimento do governo.
Reiteramos que não pretendemos criar nem um tipo de transtorno à comunidade que necessita de nossos serviços, mas víamos na paralisação dos trabalhos a única maneira de chamar a atenção do governo.
Nosso primeiro objetivo foi alcançado - chamamos a atenção do governo. Com a liminar reconhecendo a licitude de nossas ações, voltamos ao trabalho para não deixar a comunidade, a qual necessita de nosso trabalho, desassistida e continuamos com nossa mobilização.
Aproveitamos este momento de vitória frente às investidas do governo para chamar toda a comunidade para debater conosco os rumos que nosso movimento tomará, para avolumá-lo com a participação docente e discente e continuarmos a primar por uma Universidade Pública, Autônoma e de qualidade que é a marca do trabalho de todos os agentes que compõem a Universidade.

MOVIMENTO DE GREVE DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS GUARULHOS

INFORME À COMUNIDADE ACADÊMICA

Nós, servidores técnico-administrativos em educação da Escola de Filosofia Letras e Ciências Humanas do campus Guarulhos, em greve desde 20 de junho de 2011, esclarecemos à comunidade acadêmica os últimos encaminhamentos relativos à nossa mobilização. Nossa pauta é composta por reivindicações de âmbito nacional que, até o presente momento, não foram atendidas e tampouco negociadas pelo governo Dilma.

Localmente, aproveitamos a paralisação para apresentar pontos de pauta específicos dos servidores da UNIFESP, o que fizemos junto aos colegas da Baixada Santista e Diadema, procurando abrir o diálogo com a Administração e a comunidade acadêmica em relação aos problemas que nos afligem. Conseguimos abrir canais de diálogo junto à reitoria, assim como junto aos docentes e alunos, que têm demonstrado grande respeito à nossa mobilização.

Neste processo, somou-se a publicação de uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça em 05/08/2011 que, diferente do solicitado pelo governo, não considerou a greve ilegal. Em contrapartida, o documento prevê a manutenção de 50% do corpo técnico no trabalho durante a greve. Reiterando nossa responsabilidade com a educação e o serviço público, decidimos cumprir 50% da nossa jornada de trabalho diária, para que atividades não fossem prejudicadas, em detrimento de serviços que apenas um servidor executa. Esta proposta foi apresentada ao Diretor Acadêmico da EFLCH, Prof Dr Marcos Cezar de Freitas, e aceita em 08.08.2011.

Os servidores que iniciam o trabalho no período matutino, às 8 ou 9hs da manhã, cumprirão as primeiro quatro horas e os servidores que iniciam o trabalho no período vespertino, cumprirão as últimas quatro horas de trabalho. Reafirmamos que nos mantemos em greve por tempo indeterminado e que serão analisados e priorizados serviços.

Aos docentes e alunos, pedimos apoio em nossas reivindicações, que são de interesse de todos os servidores federais e visam o fortalecimento do ensino público gratuito de qualidade; pedimos também compreensão neste momento em que restabelecemos parcialmente a volta ao trabalho. A retomada da normalidade será um caminho que teremos que trilhar juntos.

COMANDO DE GREVE DOS TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS EM EDUCAÇÃO DO CAMPUS GUARULHOS

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Debate com estudantes sobre a Greve dos servidores


As vésperas do retorno às aulas, conforme calendário do primeiro semestre, a gestão do campus Guarulhos da UNIFESP toma como medida desesperada iniciar o processo de rematrícula mesmo com os servidores em greve. Para todos os efeitos da mobilização dos servidores, a estratégia de gestão utilizada pela direção do campus Guarulhos faz uso de mão-de-obra terceirizada e estagiários sem supervisão, além de alguns funcionários que não conhecem e nunca participaram antes do processo de rematrícula, o que acarretará em diversos problemas para o início das aulas neste segundo semestre de 2011.

Esta situação demonstra o apoio da gestão da UNIFESP às medidas do governo para cortar gastos com a educação e com todo o resto do serviço público. Como exemplo, citamos o PLP 549/09, combatido por esta greve e que impede, através de restrições orçamentárias, o desenvolvimento do serviço público e consequentemente a expansão da universidade pública com qualidade. Inúmeros outros exemplos de medidas do governo prejudicam diretamente o serviço público.

Chamamos a atenção para o resultado desta política:
- Retenção de abertura de novos concursos públicos
- Prejuízo no quadro administrativo
- Crescente terceirização do serviço publico e precarização dos serviços prestados
- Perdas salariais acumuladas ao longo de décadas


ESTUDANTE, NÃO SE ILUDA! ESTE MODO PRECÁRIO DE SOLUÇÃO SÓ ATRASARÁ MAIS O ANDAMENTO DO SEMESTRE, ENQUANTO AS NEGOCIAÇÕES DA GREVE SÃO ABAFADAS E ESQUECIDAS! EXIJA QUALIDADE NA UNIFESP, ANTES QUE SEJA TARDE.

 
O desmonte do serviço público tem como reflexo a precarização da nossa Universidade:
- Abertura de novos campi sem qualquer planejamento
- Falta de estrutura para os cursos como laboratórios, bibliotecas e salas de aula
- Falta de servidores em todos os departamentos acadêmicos e administrativos
- Falta de professores
- Avanço das privatizações sobre a Universidade Pública.
Faz parte também desta política do atual governo "inaugurar" universidades, abrindo vagas apenas com fins estatísticos sem garantir a permanência estudantil, não dando apoio ao estudante de baixa renda, que hoje, ingressa em crescente número no ensino superior público.

Diante deste quadro, nós, servidores técnicos administrativos em educação, convidamos tod@s @s alun@s da UNIFESP campus Guarulhos ao debate e à luta por uma universidade pública de qualidade! Não aceitamos a política do governo de descaso com a Educação!

terça-feira, 26 de julho de 2011

Reitoria apresenta resposta à pauta de reivindicações locais

A Reitoria da UNIFESP, por meio de ofício encaminhado ao Comando de Greve, apresenta resposta à pauta de reivindicações locais.










O Comando Local de Greve está avaliando o documento.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

REMATRÍCULA: OS EFEITOS DA GREVE COMEÇAM A SER SENTIDOS

Nós, técnicos-administrativos em educação, reivindicamos uma POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO dos servidores por parte da instituição que, através de seus instrumentos administrativos, apenas tratam de controlar o servidor. Dentre as medidas de controle, evidencia-se a omissão da categoria nos documentos que regem a universidade, como o Regimento Geral e o Plano de Desenvolvimento Institucional

A mais recente constatação dessa omissão diz respeito ao processo de rematrícula. A instituição, por meio da “estratégia de gestão” que inclui o atendimento por estagiários sem supervisão, agendou a rematrícula em meio à greve dos servidores, não tendo garantia que pudesse ser levada a efeito sem a participação da categoria. Isto porque, o processo de rematrícula não se encerra na escolha das disciplinas. Os efeitos desta decisão viriam a ser sentidos posteriormente, com o agravante de ter gerado expectativas que não poderiam ser atendidas.

A administração demonstra o equivoco da estratégia adotada ao propor aos servidores a retomada das atividades para efetivar a rematrícula a apenas dois dias da data agendada, processo que envolve pelo menos dois meses de intensas atividades, testes e acompanhamento.

A proposta foi analisada em assembleia e considerada mais uma iniciativa que desrespeita o trabalho técnico-administrativo e demonstra que os efeitos da greve tornam-se evidentes.

Soma-se a isso o fato que, apenas aos 24 dias de greve na UNIFESP, a administração concordou em abrir comunicação com os comandos locais, já que acreditava que pudesse contornar o problema da rematrícula.

Reafirmamos que estamos dispostos a discussão e a contribuirmos com a instituição para que os trabalhos sejam executados primando sempre pela qualidade dos serviços prestados. E é pela busca da qualidade e valorização de nosso trabalho que NOS MANTEREMOS EM GREVE O TEMPO QUE FOR NECESSÁRIO.

O cenário atual mostra que se não houver, por parte da administração, uma postura que demonstre disposição para a valorização da categoria, o semestre letivo poderá ser comprometido.

Comando de greve da
EFLCH – Campus Guarulhos

quinta-feira, 14 de julho de 2011

CNG Fasubra ouve as bases e decide que a Greve continua

No dia 13/07, o CNG da Fasubra referendou (de acordo com a tradição da federação) a resolução da maioria das assembleias nas universidades e decidiu, por 58 votos a favor, 2 contra e 33 abstenções , e a continuidade da greve por tempo indeterminado. Este entendimento é consensual no comando, que sabe que o grande passo rumo a vitória é a UNIDADE DA CATEGORIA, que ao longo da história da federação soube debater as divergências táticas, mas sempre acatou a decisão da maioria. Assim foi conquistada a carreira, a paridade/integralidade entre ativos e aposentados, os reajustes salariais, os concursos, a estabilidade no emprego e tantos outros direitos. (...)


fonte: http://grevetecnicosbs.blogspot.com/2011/07/cng-fasubra-ouve-as-bases-e-decide-que.html